O CONCURSO DE POESIA

Hoje a memoria é sobre uma história engraçada do meu irmão Luiz:
"No colégio onde ele estudava, havia sempre uns concursos de poesias, em que os alunos iam até um pequeno palco montado e declamavam pequenas poesias decoradas.
Naquele dia, haviam incluído o nome de Luizinho no rol das poesias que seriam declamadas. Mas acontece, que ele não havia decorado nada para aquele dia!
Na hora dele, quando chamaram pelo microfone seu nome e nada!
Chamaram mais uma vez... E nada!
Ele estava ali, encolhido em seu canto, calado. Impulsionado pela minha outra irmã que o cutucou entre as costelas:
_ Vai lá Luizinho! Não custa nada!
_Não sei o que dizer lá em cima Detinha! Não decorei nada!
_Diz qualquer poesia que você saiba! Qualquer uma!
_Tá bom! Eu vou então!
E ele foi, quando chamaram pela última vez seu nome. E lá em cima do palquinho, Luizinho saiu-se com essa:

"Com Deus eu me deito,
Com Deus eu me levanto.
Eu na beirada e a nega no canto!

A platéia veio abaixo com tantas gargalhadas... E ele em seu turno, ficou vermelho!
_Meu Deus Luizinho! Que poesia é essa? De onde você tirou isso?
_ Eu não queria ir, você que insistiu... Poesia eu só sei essa!