segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

FAMÍLIA GALVÃO (VIÇOSA - MG)


A Família Galvão que se originou em Viçosa -MG começou com esse Capitão Galvão (que ilustra esse post e este blog).

Ele nasceu em Sabará em 1830. Era filho do Coronel Antônio Nunes Galvão, bravo comandante das Forças Revolucionárias de 1842.
Casou-se com D. Rita Cândida Nery. Filha adotiva do Padre Manoel Felipe Nery, vigário da Paróquia de Santa Rita do Turvo (antigo nome de Viçosa).
 O Capitão Galvão "teimava em se oferecer voluntário e marchar com seus compatriotas, rumo ao longínquo PARAGUAI... Não havia argumentos que o demovessem do seu intento."
"Havia ele sido já cadete do Exército, em que verificara praça em 11 de julho de 1851 e do qual dera baixa em 10 de agosto de 1853."
"Seu pai, Antônio Nunes Galvão fora veterano da Independência e sob cujo impetuoso comando as forças revolucionárias mineiras de 1842, compostas de 1300 homens, equipados com armamentos díspares e primitivos, desbarataram em Queluz, as forças legalistas..."

Sendo assim, o Capitão Galvão é descendente dos Nunes Galvão. Um dos quatro troncos que formaram a família no Brasil.

Trechos retirados do Livro Fatos e Vultos de Viçosa - Alexandre de Alencar.

sábado, 12 de outubro de 2013

MINHA INOCÊNCIA DE CRIANÇA


A Fonte e a Flor 
Vicente de Carvalho

"Deixa-me, fonte!", Dizia
A flor, tonta de terror.
E a fonte, sonora e fria,
Cantava, levando a flor.

"Deixa-me, deixa-me, fonte!"
Dizia a flor a chorar:
"Eu fui nascida no monte...
"Não me leves para o mar".

E a fonte, rápida e fria,
Com um sussurro zombador, 
Por sobre a areia corria, 
Corria levando a flor.

"Ai, balanços do meu galho,
"Balanços do berço meu;
"Ai, claras gotas de orvalho
"Caídas do azul do céu!..."

Chorava a flor, e gemia,
Branca, branca de terror,
E a fonte, sonora e fria,
Rolava, levando a flor.

"Adeus, sombra das ramadas,
"Cantigas do rouxinol;
"Ai, festa das madrugadas,
"Doçuras do pôr do sol;

"Carícia das brisas leves
"Que abrem rasgões de luar...
"Fonte, fonte, não me leves,
"Não me leves para o mar!..."

.........

As correntezas da vida
E os restos do meu amor
Resvalam numa descida
Como a da fonte e da flor...

Em minha inocência de criança - essa era a poesia mais bonita, a que eu sabia declamar com louvor (a única)...
Colocava a mão no peito para simbolizar a dor da flor, sendo carregada pela fonte...
E quando terminava a poesia estava com os olhos rasos d'água...

Este texto marca a quarta postagem da BC do blog A Menina de Ideias.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

BC: BRINCADEIRA DE CRIANÇA: PULAR ELÁSTICO

Bem dizia o Grupo Molejo de que: "brincadeira de criança... como é bom!"
Você sabe pular elástico? É... Elástico! Aquele que se coloca na roupas para segurá-las!
Quando eu era pequena - criança mesmo; eu adorava! Tinha muitas variações. Tinha até campeonato! E quando havia brigas? Aí havia "surras de elástico"... Surras mesmo... Daquelas parecidas com surras de varas de marmelo...
Pois bem, de todas as brincadeiras de criança que eu mais gostava era essa: pular elástico!
Em casa, eu usava duas cadeiras de madeira pesada... No lugar das pernas das amigas de escola... E treinava tanto, que quando eu chegava na Escola; ganhava todas as fases do elástico! As outras meninas não entendiam o porquê isso aconteciam ou não acreditavam que eu treinava o dia inteiro...
Mas sabe que eu tenho uma frustração muito grande?
Nunca aprendi a pular corda, quando ela era batida no chão, por duas crianças ou pelas professoras! E o engraçado, é que sozinha, eu conseguia...

Este texto faz parte da BC: A Menina das Ideias.

sábado, 5 de outubro de 2013

BC - Menina das Ideias: Um conto de Criança


A Padaria encantada

Quando eu era criança, meu pai tinha conta em uma padaria. Ele pagava religiosamente todos os meses, pelo pão comprado e pelo leite também!
Mas nessa padaria havia algumas guloseimas muito apreciadas por mim: jujubas (aquelas balas coloridas de goma), doces diversos, caramelos caseiros... Então, em minha inocência de criança, a chamava de Padaria encantada, pois achava que colocava ali, aquelas gostosuras, eram as fadas, os duendes que junto com o dono da padaria, as fabricava e as colocava ali para vender e encantar, nós as crianças...
Um dia, meu pai me levou até a padaria. Me colocou em cima do balcão de madeira grande e polido. E o padeiro que era amigo de meu pai, me encheu dessas balinhas... Ele as chamava de "doces da alegria", porque eram muito coloridas... E antes que meu pai saísse dali com o pão e o leite na sacola... Furtivamente, o padeiro me deu um saquinho de papel. Dentro dele havia muitos doces da alegria: jujubas; e alguns caramelos pretos feitos em casa! 
Escondi, embolando o saquinho em minha mão, para que meu pai não visse... Apesar dele adorar doces, minha mãe vivia brigando com ele por causa deles (meu pai era diabético!)

Texto dedicado à BC - Menina das Ideias



sábado, 28 de setembro de 2013

COSME E DAMIÃO


Cosme e Damião... Me lembra tantas coisas boas! Me lembra uma Viçosa menos violenta, menos grande... Me lembra uma Viçosa mais humana... Mais tradicional... Um saquinho de papel, contendo um monte de gostosuras: tudo feito em casa! Doce de leite, bolo de milho, doce de abóbora com coco ou amendoim... Algumas balas de coco, um pirulito de chupeta de açúcar vermelha!
A Igreja católica comemora o dia de Cosme e Damião - dia 26/09. A Umbanda, o Candomblé dia 27/09. Como o povo brasileiro, é quase todo de miscigenação negra, quase todo mundo comemora dia 27 mesmo... Quase sempre é uma promessa que alguma mãe fez para curar o filho ou filhos.
Cosme e Damião foram médicos cristãos que foram obrigados a renegar sua fé em Jesus Cristo e preferiram a morte. Desde então, a lenda cresceu... Por isso muitas imagens são forjadas como se eles fossem meninos...
Na minha infância eu chegava em casa toda melada, toda suja... Mas feliz! Porque havia coletado muitos saquinhos de papel cheio de gosturas!
Bom tempo o meu!!! Intensamente vivido...

Texto ligado a BC - A Menina de Ideias

quarta-feira, 11 de abril de 2012

LEMBRANÇAS ANTIGAS... O COLCHÃO QUE ANDA...

Essa lembrança era minha mãe quem contava...

Fizeram a mudança para a casa nova e meu irmão mais velho não dormia em qualquer colchão. Tinha que ser o dele. Mas na mudança e na armação das camas, trocaram tudo de lugar!
Inconformado com aquilo, ele foi procurar o colchão dele nos outros quartos.
Minha mãe e uma outra irmã minha, mais velha por sinal, foram ver como havia ficado a arrumação da mudança dentro da casa.
Mas não sabiam que meu irmão estava lá! Estranharam o barulho e armaram-se com a vassoura...
Mas de repente, viram um "colchonete andante" e tomaram o maior susto!
Minha mãe gritou e desabou no chão e minha irmã, largou a vassoura e correu dali.

O colchonete andante era meu irmão, que sendo pequeno para o tamanho do colchão, sumiu por baixo dele...

Depois tudo terminou bem...


quarta-feira, 7 de março de 2012

MEMÓRIAS DE UM BEBÊ...

Pode parecer brincadeira... Mas é verdade... Eu me lembro de minha avó por parte de pai assim... Num vestido como esse...
Ela se chamava Maria! E eu estava sentada em seu colo. Brincava com seu cabelo amarrado e com as dobras do seu vestido!
Tenho a impressão de que, quando invoco essa memória de que ela está ao meu lado, ainda me embalando. Pareço escutar sua voz...
Ela sempre foi uma presença marcante na minha vida!


O mais interessante disso tudo gente, é que eu tinha 2 anos! Logo depois disso ela morreu...


E nas muitas fotos antigas, eu a reconheci. Sempre peguntei quem era... E se ela tinha de fato um vestido de bolinha preta... Nunca entenderam...
E muito depois revelei essa memória...
Não quiseram acreditar... Mas era verdade...


Tenho essa memória vívida na mente!


Minha voinha querida! Que Deus te proteja!